Sempre fui apaixonado por
esportes, e aos 17 anos comecei a desenvolver um trabalho voluntário, sem apoio
nenhum, com a “mulekada do meu bairro”, na pacata cidade do Alegre, sul do
Espírito Santo.
Meu trabalho era com o
futsal, quando resolvi formar uma equipe composta por garotos que também sonhavam
com um futuro melhor. Realizávamos treinamentos e participávamos de jogos
amistosos, torneios e uns pequenos campeonatos municipais.
Os anos foram passando e
comecei a tomar mais gosto pelo projeto de ensinar. Foi quando decidi que seria
Professor. Findei meus estudos no Ensino Médio e comecei a faculdade, porém,
com habilitação em Pedagogia, pois era o que eu tinha condições de fazer no
momento; Haja vista que um Curso de Educação Física, ficara praticamente
impossível, pelos custos e translado.
Foi então que, fui para
Belo Horizonte/MG e procurei participar de uma capacitação técnica em Educação
Física, que, logo que terminei me permitiu trabalhar por um bom tempo sem a licenciatura.
A vida foi difícil,
trabalhei em diversos ramos, tais como: obras, jardinagem, fui garçon.... Mas finalmente,
depois de alguns anos, consegui, concluir o meu sonho de ser um Professor Habilitado
em Educação Física.
E mesmo, com todas as
batalhas enfrentadas, fui galgando todos os degraus da escada, que me permiti
subir, para minha satisfação pessoal e profissional.
O trabalho voluntariado
continuou sempre presente, aos finais de semana e a noite depois do trabalho. Jamais
abandonei.
Tive diversas boas
surpresas, tais como, revelação de atletas, conquistas de títulos (inclusive
dois estaduais com o futsal feminino), e contribuição para o distanciamento,
destes alunos, do perverso mundo das drogas, do crime e de outros vícios que
são encontrados no caminho de toda sociedade.
Porém, sempre busquei com
o meu trabalho, indicar aos meus alunos os dois caminhos que a vida nos
proporcionava. E com tais indicações, deixei que o livre arbítrio os guiasse em
suas opções de vida.
Tive e ainda tenho o
prazer de encontrar e reencontrar alunos e ex-alunos em situações de vida que
me trazem o orgulho, em vê-los ser o que são diante suas famílias e suas
escolhas. Agradeço todos os dias, pela minha escolha profissional, que me
permitiu e ainda permite, fazer a diferença para tantas pessoas, que hoje fazem
parte não somente de meu grupo de amigos. Mas, que considero parte de minha
grande família.
Pois bem ! Agora que
narrei um pouco de “Minha Pequena Grande História”, vamos falar do Badminton.
Em 2007 tive o privilégio
de ser um dos Voluntários que atuaram no Pan de 2007 no Rio de Janeiro. Um
evento que foi o marco inicial para as conquistas dos direitos de poder sediar
a Copa do Mudo de Futebol de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016.
Foi nessa ocasião que descobri
algo que me transformaria num viciado ! “O
BADMINTON”
Na ocasião deste meu
trabalho voluntário, tive o privilégio de atuar em diversos setores do evento.
Acompanhei, a disputa de vários esportes, tais como Handebol, Taekwondo, Judô,
Esgrima, Pólo Aquático, Volei, Futebol Feminino e outros.
Mas o que mais me encantou foi o
Badminton. Onde tive ainda o prazer de assistir a conquista da medalha de
bronze da dupla brasileira Guilherme
Pardo e Guilherme Kumasaka. Foi algo que contagiou o coração e a mente em
definitivo.
A partir daquele
instante, tive a certeza que o Futsal, não seria mais minha única paixão.
Fiquei por vários dias,
buscando vídeos na internet, que me esclarecesse um pouco mais sobre a
novidade.
Aos poucos fui visitando
sites e blogs que tratavam do Badminton e então comecei a interpretar suas
regras e penalidades por conta própria.
Um pouco mais animado e
ansioso para começar a praticar e levar mais pessoas à pratica da modalidade,
resolvi comprar um Kit da marca Wilson, contendo 04 raquetes, uma rede com
suporte e 02 petecas. E assim o Badminton foi surgindo no município de Alegre.
Com ajuda de outros colegas,
começamos a demarcar as primeiras quadras, para a prática do esporte
diariamente.
O principal problema,
encontrado por nós, além da falta de conhecimento técnico, era a interpretação
das regras que cada um entendia a seu jeito. O que gerava certo
descontentamento e discussões a cada game disputado.
A partir de então,
começamos a contactar membros da Confederação Brasileira de Badminton e
diversas Federações, a fim de sanarmos as tantas dúvidas acerca do viciante
Badminton.
Os anos iam passando,
comprei mais raquetes, assim como alguns colegas também fizeram e outras pessoas
tornaram-se adeptas ao esporte.
Adotei o Badminton como
conteúdo da Educação Física por todas as escolas por onde passei e denominei
meu trabalho com o Badminton de “Projeto, Peteca é a Mãe!“. Tudo porque, o praticante desse esporte, não
gosta de ser chamado de jogador de peteca e ao mesmo tempo, a peteca foi um
implemento de extrema importancia em sua trajetória histórica.
Aos poucos, o pessoal foi se familiarizando
com o esporte. Inclusive no município vizinho, Jerônimo Monteiro, onde tivemos
a oportunidade de fazer uma apresentação em Praça Pública, com uma enorme
interação do povo que assistia e passava por ali.

E em Alegre, o amigo e
também Professor de Educação Física Rafael Toledo começou a incentivar seus
alunos e manter o esporte como uma prática pedagógica na escola onde até hoje
atua.
Hoje, o esporte vem sendo praticado, ainda com pouco apoio, porém com um número considerável de pessoas de todas as idades, no mesmo projeto idealizado “Peteca é a Mãe !”
De contrapartida, acreditando no
potencial dos atletas e no credenciamento da modalidade como uma possibilidade
para a melhoria da qualidade de vida daqueles que o praticam e daqueles que
ainda estão por conhecer.
Mas isso só se tornou possível, depois que resolvi investir em capacitações. Participando de cursos de formação técnica do Programa Internacional Shuttle Time para melhoramento do ensino do esporte e do Curso de Formação de árbitros, no qual fui aprovado em 2013 e passei então a fazer parte do quadro nacional de árbitros da Confederação Brasileira de Badminton, já tendo inclusive atuado em grandes eventos.
Procurei entrar de corpo
e alma nessa modalidade.
As regras do esporte,
hoje, e o importante papel do árbitro nas partidas do Badminton, é conteúdo obrigatório
a cada treino. Pois todos os jogos são arbitrados e as regras discutidas por
todos os integrantes do Projeto, quando surgem as dúvidas.
Mas isso só se tornou possível, depois que resolvi investir em capacitações. Participando de cursos de formação técnica do Programa Internacional Shuttle Time para melhoramento do ensino do esporte e do Curso de Formação de árbitros, no qual fui aprovado em 2013 e passei então a fazer parte do quadro nacional de árbitros da Confederação Brasileira de Badminton, já tendo inclusive atuado em grandes eventos.

E em função dessa
“ainda” pequena, porém significativa experiência adquirida, já estamos
organizando nossas competições, com uma presença crescente de atletas e
espectadores em cada edição realizada. Quanto aos treinamentos, são gratuitos, e
temos notado a necessidade crescente de ampliarmos o número de vagas ofertadas
para os treinamentos que acontecem 03 vezes na
semana. Segundas e Quartas-feiras das 14 as 18:00 Horas e Quinta Feira das 20 as
22:30 Horas, no Ginásio Municipal de Esportes “Victor Emanuel Alcure”.
Já o material, tal como as petecas,
raquetes e redes, ainda contamos com o apoio de parceiros do comercio local e
realização de rifas para aquisição.
Ensinando ainda
princípios fundamentais, tais como a tolerância, a cooperação e o respeito.






